Fotos: Tarcísio Macedo
O município de Juazeiro do Piauí (distante 158 km de Teresina) também está registrando mortes misteriosas de passáros, mesmo fenômeno que atingiu o município de Milton Brandão e já matou mais de 2 mil animais na região. Os dois municípios são vizinhos e ficam a cerca de 72 km de distância entre as zonas urbanas. As mortes dos animais têm sido um mistério e vários órgãos, como Adapi e ICMBio, estão investigando.
Segundo o secretário de Meio Ambiente de Juazeiro do Piauí, Tarcísio Macedo, como o município faz divisa com Milton Brandão, a Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Piauí (Semar) questionou se o mesmo problema estava ocorrendo na região.
“Cheguei ontem da zona Rural, conferi se estava tendo esse problema, após a Semar fazer esse questionamento. Realmente eu encontrei muitos pássaros mortos próximo ao rio Capivara, na região da Mãe Água. Foi o único local onde encontrei essa situação e os moradores relataram que isso nunca tinha acontecido antes”, afirmou.
Ainda de acordo com o gestor, os passáros encontrados mortos são de espécies selvagens, como rolinhas e juritis.
Com a morte misteriosa dos pássaros, a população foi orientada a não fazer o consumo dos animais. Uma investigação deve ser realizada, mas assim como em Milton Brandão, animais domésticos e humanos não apresentaram nenhuma doença.
“A Semar afirmou para a gente não ter contato com os animais, então eles vão mandar uma equipe que vai recolher e então realizar uma investigação, porque nós realmente não sabemos o que é que pode estar acontecendo. Não sabemos se é algum envenenamento na água do rio que está afetando esses animais, realmente não sabemos”, destacou.
Há um mês, as aves vêm morrendo misteriosamente na zona rural de Milton Brandão, na localidade Catanduvas. A Adapi, o ICMbio e equipes da Universidade Federal do Piauí estiveram no local e coletaram amostras de sangue dos animais e da água do local. As mortes estão afetando apenas pássaros selvagens como rolinhas e juritis.
No caso de Milton Brandão, as amostras de tecidos das aves serão analisadas laboratorialmente e serão enviadas ao Instituto Evandro Chagas, em Belém-PA. A previsão é que o resultado saia entre 15 a 20 dias após a coleta.
Bárbara Rodrigues
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