Ele foi preso suspeito de violência doméstica, sequestro e cárcere privado de uma mulher de 48 anos. Durante o período de cárcere, a vítima diz que chegou a engravidar e ser obrigada a abortar.
Suspeito estava preso na Delegacia de Água Branca, no Piauí — Foto: TV Clube
O juiz Celso Barros Coelho Filho, da Vara Núcleo de Plantão Teresina, concedeu nesta sexta-feira (30) liberdade provisória a Ideni Gonçalves de Farias, de 50 anos. Ele foi preso suspeito de violência doméstica, sequestro e cárcere privado de uma mulher de 48 anos, que conheceu pela internet.
Ideni Gonçalves foi preso na tarde de quinta-feira (29), em Água Branca, Sul do Piauí, após a vítima pular o muro do quintal e fugir. Ao chegar à rua, ela conseguiu pedir ajuda a uma viatura da PM que passava pela região.
Na decisão, o juiz destacou que o custodiado não tem processos criminais, nem outros registros por violência doméstica ou medidas protetivas anteriormente em favor da vítima para que pudesse manter a prisão preventiva.
"Portanto, em que pese o suposto crime ter sido praticado em contexto de violência doméstica, inexiste medida protetiva concedida em favor da vítima do crime em análise que permita a este juízo concluir pela necessidade imprescindível da prisão preventiva como meio de garantir o cumprimento de medidas protetivas, repito, pela ausência destas", concluiu.
Para assegurar a aplicação da lei penal, o magistrado impôs medida cautelar ao autuado, com o fim de assegurar seu paradeiro, bem como suas atividades rotineiras.
Foram adotadas as seguintes medidas cautelares:
Proibição de ausentar-se da comarca;
Comparecimento bimestral em juízo, para informar e justificar as atividades;
Proibição de aproximar-se da ofendida, de seus familiares e das testemunhas, fixando o limite mínimo de distância entre estes e o agressor em 100 (cem) metros.
Em caso de descumprimento das medidas cautelares, a prisão preventiva pode ser decretada.
Vítima diz que engravidou e foi obrigada a abortar
Mulher conhece homem pela internet e é mantida oito meses em cárcere no PI; vítima teria engravidado e sido obrigada a abortar — Foto: Divulgação/PCPI
Conforme relatos da vítima, o suspeito a mantinha sob abusos físicos, sexuais e psicológicos. De acordo com o delegado Bruno Luz, titular da cidade, a vítima é natural de Campos Sales (CE), e conheceu o suspeito em um site de relacionamentos. As cidades ficam a cerca de 350 km de distância.
Durante o período de cárcere, conforme relatou, ela chegou a engravidar e ser obrigada a abortar.
"Ele nega que tenha praticado, mas pelas declarações dela, ele a subjugava porque era mulher. Ela disse que chegou a ficar grávida dele e teve que praticar um aborto. Ela foi levada a um hospital para coletar sangue e detectar presença de BETA HGC [exame de gravidez], mas não foi identificado devido ao tempo. Mas isso continuará sendo investigado", contou.
Fonte: Portal G1 PI
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