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A deputada Gracinha Mão Santa (Progressistas) apresentou exigências de Parnaíba na audiência pública, mas que se estendem a outras cidades piauienses. Uma delas foi sobre os buracos deixados pela Agespisa após as obras. Zé Santana não negou o problema e afirmou que é preciso ampliar a parceria entre a empresa e os municípios para tentar agilizar a resolução desse problema.
Outra questão abordada pela deputada foi a execução de políticas de resíduos sólidos. Segundo Gracinha Mão Santa, os prefeitos têm sofrido com as cobranças de promotores sobre o assunto e a Agespisa tem sido um empecilho para que as ações necessárias sejam realizadas, quando deveria acontecer o contrário. A falta de equipes nos municípios foi outra falha apontada pela parlamentar. Ela citou o caso de Parnaíba, em que um único funcionário da Agespisa cuida da região e que a verba destinada à resolução dos problemas é muito pequena.
Para a parlamentar, a privatização da empresa não é possível por questões jurídicas. Seria necessária uma renegociação de contratos com os diversos municípios atendidos. Gracinha Mão Santa concluiu afirmando ver boa vontade do Governo do Estado para a questão, bem como sobre outros temas, mas cobrou novamente que sejam apresentados cronogramas detalhados das ações que o Executivo espera tomar.
A origem de muitos dos problemas citados por Gracinha Mão Santa envolvem políticas erradas implementadas pelo Governo do Estado nas últimas décadas, segundo o presidente do Sindicato dos Urbanitários, Francisco Marques. Um dos erros foi a subconcessão de várias cidades, principalmente de Teresina.
Ele descreveu que a capital correspondia a 60% da arrecadação da empresa e isso comprometeu o atendimento nas outras cidades. Além disso, ele afirmou que várias cidades da Europa e dos Estados Unidos têm reestatizado as suas empresas de água e que o Piauí estaria na contramão se privatizasse a Agespisa.
O diretor-geral da Agrespi (Agência de Regulação dos Serviços Públicos do Estado do Piauí), Antônio Torres, afirmou que espera alguma resolutividade das demandas apresentadas na audiência pública. Mudanças regulatórias dos últimos dois anos a nível estadual e federal devem contribuir para que os piauienses tenham mais acesso a água de qualidade e saneamento básico.
Fonte: Alepi