O filhote, batizado de Farofa, tem entre 2 e 3 meses de vida. Ele deve passar de 5 a 6 anos em reabilitação e treinamentos no Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Aquáticos até estar apto a voltar para o mar.
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Filhote de peixe-boi resgatado no Piauí é transferido em avião para centro de reabilitação em Pernambuco — Foto: TV Clube
O filhote de peixe-boi resgatado na praia da Pedra do Sal, em Parnaíba no Piauí, embarcou nesta quarta-feira (24) para Pernambuco, onde deve iniciar sua reabilitação no Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Aquáticos, do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio/CMA), na Ilha de Itamaracá.
O filhote, batizado de Farofa, tem entre 2 e 3 meses de vida. Ele partiu de avião para o Pernambuco, assim como aconteceu com o filhote Amaro, que havia sido resgatado nos Lençóis Maranhenses.
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Filhote de peixe-boi é resgatado após encalhar na praia da Pedra do Sal, Litoral do Piauí — Foto: Divulgação
Segundo a bióloga Liliana Oliveira, da Comissão Ilha Ativa, os encalhes de peixes-boi filhotes acontecem quando o animalzinho se desprende da mãe.
"A mãe acompanha os filhotes por no mínimo dois anos. Eles precisam aprender a se alimentar, a boiar... E quando eles se desprendem, acontece isso", comentou Liliana.
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Filhote de peixe-boi resgatado no Piauí é transferido em avião para centro de reabilitação em Pernambuco — Foto: TV Clube.
Segundo ela, quando o Farofa foi encontrado, ele tinha feridas na pele que indicavam que estava há vários dias à deriva, estava magro e tinha secreção no pulmão. "Hoje ele consegue viajar tranquilo, está apto a ser transferido", disse.
O Farofa deve passar de 5 a 6 anos em reabilitação, treinamentos e socialização, até estar apto a voltar para o mar.
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Praia da Pedra do Sal, no Piauí, onde o Farofa foi encontrado — Foto: Globo Repórter
Segundo Adriano Damatto, chefe Apa Delta do Parnaíba, o Piauí tem a maior população nativa de peixes-boi do Brasil, e que é fundamental para a manutenção da variedade genética da espécie.
"Mais do que o número de animais, o mais importante é que o Piauí fica numa área de transição genética. Existe uma variedade no Sul e outra no Norte, e se os peixe-boi do Piauí foram exterminados, a espécie pode acabar", explicou"
Falta de Estrutura para cuidar dos animais.
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Filhote de peixe-boi resgatado no Piauí é transferido em avião para centro de reabilitação em Pernambuco — Foto: TV Clube.
Farofa poderia passar pelo tratamento no Piauí se o Projeto Peixe-boi Marinho estivesse em condições de recebê-lo. Uma vistoria do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA-PI) verificou que os prédios que formam o Projeto Peixe-boi Marinho, no município de Cajueiro da Praia, correm risco de desabar. Os recursos para reformar o local já foram destinados, e alguns detalhes no projeto precisão ser ajustados antes do início das obras.
Além da recuperação dos prédios que formam o centro, a reforma prevê também a melhoria das estruturas para receber e recuperar os peixes-boi. Segundo Bruno, apesar dos problemas, as atividades do Centro não foram totalmente paralisadas. O prédio administrativo continuou funcionando, e as atividades de preservação e monitoramento dos animais continuaram.
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Vistoria do Conselho de Engenharia e Arquitetura verifica risco de desabamento no Projeto Peixe-Boi Marinho, no Piauí — Foto: CREA - PI
O local é um centro de preservação do peixe-boi marinho, mamífero ameaçado de extinção. Desde a desativação, o centro parou de receber visitantes para ações educativas e de conscientização sobre a preservação dos animais.
As imagens divulgadas pelo Crea mostram as vigas de madeira que dão sustentação ao prédio, com paredes feitas de pedra cariri. Além da função social e de preservação ambiental do projeto, o imóvel tem ainda valor arquitetônico: foi projetado pelo premiado arquiteto piauiense Gerson Castelo Branco.
Fonte: G1 PI