Foto: Célio Roberto/TV Cidade Verde
A 4ª Vara Criminal da Comarca de Teresina condenou Victor Daniel Moraes Silva, acusado de matar o estudante de Direito João Pedro Lima Teixeira com um tiro no pescoço durante um assalto no último mês de março, a 73 anos de prisão em regime fechado.
João Pedro foi assassinado no dia 17 de março quando retornava de uma entrega da empresa de cosméticos da família. Segundo testemunhas, o jovem estava em uma motocicleta quando foi atingido pelo disparo efetuado por suspeitos que teriam anunciado um assalto.
Uma câmera de segurança registrou o momento em que o estudante foi morto. Nas imagens, dois assaltantes aparecem em uma moto abordando a vítima. Em seguida, o estudante tenta fugir mas é alvejado por um disparo e cai no chão. Neste momento, a câmera não consegue captar o momento da fuga da dupla.
Na sentença, a juíza Júnia Maria Feitosa Bezerra Fialho citou a conduta negativa do réu que, conforme consta nos autos, é integrante de uma facção criminosa e temido por moradores da região do bairro Dom Avelar, na zona Leste da capital. Além disso, destacou o modo cruel como assassinou o estudante.
“A vítima, sem oferecer nenhum perigo à vida do réu, mas apenas tentando fugir do ato delituoso que estava prestes a sofrer, foi alvejada pelas costas, de forma vil, sem qualquer possibilidade de se defender, demonstrando nítido animus necandi, evidenciando excesso de culpabilidade do réu”, pontuou a magistrada.
Além do latrocínio contra João Pedro, a pena estabelecida na sentença leva em conta outros crimes, como corrupção de menores, associação criminosa, tentativa e roubos consumados.
A juíza ainda negou a Victor Daniel o direito de recorrer da decisão em liberdade, devendo cumprir a pena na Penitenciária Irmão Guido. A magistrada também fixou um valor mínimo de R$ 20 mil de indenização por danos morais a serem pagos à família de João Pedro.
No julgamento, Anderson Monteiro Silva foi condenado a quatro anos de prisão. Ele foi denunciado pelo Ministério Público por atuar em parceria com Victor Daniel, nos crimes de associação criminosa armada, corrupção de menores e receptação.
Breno Moreno
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