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Pesquisadores da Universidade da Califórnia analisaram a vulnerabilidade de cada profissão devido à emergência da inteligência artificial.
Para tanto, estudaram formulários de patentes ligadas à IA e as descrições de empregos em um banco de dados do Departamento de Trabalho dos Estados Unidos.
Em seguida, mediram a probabilidade de automação de cada profissão pela inteligência artificial, cujas empresas não param de lucrar.
Os trabalhos que envolvem tarefas repetitivas, baixo nível de análise de dados ou tomada de decisões rotineiras correm o maior risco. Estes incluem inserção de dados em sistemas, contabilidade, representantes de atendimento ao cliente e analistas de contas de cartão de crédito.
A automação provavelmente terá impacto maior nas indústrias de varejo e de alimentos e bebidas, com algumas posições já sendo ocupadas por robôs.
Outras profissões reconhecidamente em risco de desaparecer são motorista de caminhão, profissional de telemarketing e agentes de seguros.
O modelo também apurou as ocupações menos afetadas, como eletricistas e encanadores, além de escritores, músicos e artistas. Esses últimos envolvem “genuinamente a apresentação de novas ideias e a construção de algo novo”.
Cientistas de dados, engenheiros de IA, desenvolvedores de software e gerentes de projetos deverão ser beneficiados pela explosão da inteligência artificial.
Ainda assim, os prós e contras da IA são inúmeros.
Ela pode simplificar as operações das empresas e automatizar tarefas longas e difíceis, permitindo que funcionários se concentrem em outras funções. A IA também pode reduzir erros e tornar as operações mais seguras.
Mas os grandes vencedores seriam os profissionais capazes de criar e ajustar algoritmos para obter melhor desempenho, incluindo desenvolvedores de hardware e software voltados para aplicativos de IA.
A inteligência artificial deve transformar setores como transporte, saúde e atendimento ao cliente. Os aplicativos de chat alimentados por inteligência artificial já respondem a clientes e avaliam suas reações, ajudando a antecipar ações e criar experiências personalizadas.
Apesar de parecer uma tecnologia emergente, as raízes da inteligência artificial são antigas conforme a linha do tempo abaixo:
1950: Alan Turing publica o artigo “Computing Machinery and Intelligence”.
1960: John McCarthy e Marvin Minsky criam o termo inteligência artificial durante conferência na Dartmouth College.
1962: Engenheiros do MIT (Instituto de Tecnologia de Massachussets) criam um sistema de inteligência artificial que busca entender os comandos humanos e respondê-los.
1969: O surgimento de computadores mais rápidos e baratos provocam uma disparada na pesquisa sobre IA. Novos projetos demonstraram para agências estatais o potencial da inteligência artificial.
1980: Programação de sistemas que simulam especialistas humanos, trazendo importante avanço na aplicação da IA para resolver problemas complexos.
2011: O Deep Blue, da IBM, é o primeiro sistema de inteligência artificial a derrotar um campeão de xadrez.
2015: A agência de notícias Associated Press usa software de IA para produzir notícias curtas.
Em resumo, a inteligência artificial poderá elevar a produtividade das empresas e de seus funcionários, mas milhões de trabalhadores mundo afora terão que trocar de profissão, ou simplesmente deverão retornar os estudos.
Para atenuar as demissões, governos e empresas devem investir em educação para que a população demitida possa encontrar novos empregos.
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