A deputada subiu a tribuna da Assembleia Legislativa e fez um pronunciamento inflamado, com várias críticas ao governo.
Gracinha Mão Santa -/Lupa1
A deputada Gracinha Mão Santa(PP) subiu à tribuna da Assembleia Legislativa no último dia 12 e iniciou sua fala ressaltando que é municipalista, destacando que representa uma região que tem a segunda maior cidade do Estado e que, segundo ela, o governo não estaria dado a atenção que diz estar dando aos municípios.“Não adianta criar uma cortina de fumaça aqui e repassar responsabilidade aos municípios”.
Na tribuna da ALEPI, Gracinha rechaçando o modelo de escola integral que o Estado está implantando. A deputada foi enfática em dizer que não se faz escola integral de qualidade sem envolver os professores no processo. “Tem que iniciar com os professores, tem que ter critério, senão vira presídio” , diz Gracinha.
Em meio a crítica, a deputada diz que a escola integral que o deputado Hélio diz ter em Canto do Buriti, ela não conhece e que vai lá conhecer, ver de perto, fiscalizar.
Gracinha faz questão de destacar que, naquele dia, enquanto o SINTE, sindicato dos professores estaduais fazia manifestação na sede da SEDUC, o secretário de educação, Washington Bandeira, se encontrava na Alepi só tendo retornado a SEDUC após se certificar da saída dos professores.
Gracinha e Dr. Hélio Gustavo Almeida/Lupa1
Na área da saúde a deputada chama a atenção do governo em não dialogar com a categoria de médicos. Diz que o governo sequer respondeu um manifesto feito por 140 médicos que atuam na rede pública estadual de saúde. “Não deram nenhuma reposta aos médicos” . O tom de fala de Gracinha, ao longo de todo o seu pronunciamento, foi de muita indignação. Fez questão de dizer que muitos dos programas do atual governo são a repetição dos que foram lançados por seu pai, o ex-governador Mão Santa, segundo ela, em tempos muito difíceis, sem tecnologia. Diz que o governador Rafael deve entender que o governo se faz em interação com os municípios e com os deputados, legitimamente eleitos pelo povo. A frase da deputada tem correlação com o recente episódio que envolveu a prefeitura de Parnaíba e o governo, por conta da EXPOAPA, exposição agropecuária de Parnaíba. A prefeitura teria solicitado liberação de área do governo para realização do evento e a autorização foi negada. Nos bastidores diz-se que os deputados Florentino e Hélio foram os responsáveis por conseguir a negativa do governo.
“Vamos ter responsabilidade. Isso aqui não é ditadura, não. O Piauí não não aceita ser dominado. Aceita ser governado”. Finalizou a deputada.
Pelo visto, com o tom que a deputada, filha de Mão Santa, vem adotando na assembleia ela tende a se tornar a voz de oposição mais forte no legislativo piauiense. Rafael já deve estar ciente disso.
Fonte: Lupa 1