Deputada Gracinha desabafa nas redes sociais: “Qualquer discordância é vista como inimizade”

Gracinha tem sido uma voz muito recorrente em antagonismo ao atual governo do Estado.

Gracinha Mão Santa- Eduardo Amorim/Lupa1

A deputada Estadual Gracinha Moraes Sousa, hoje conhecida como Gracinha “Mão Santa”, em alusão ao seu pai, o atual prefeito de Parnaíba, Mão Santa, tem sido uma voz muito recorrente em antagonismo ao atual governo do Estado e também ao governo federal.

Gracinha tem um estilo muito parecido com o do pai, ressalvadas as peculiaridades que são próprias ao universo feminino e mesmo a própria idade.

A personalidade forte de Gracinha é, por muitas vezes, confundida com grosseria, arrogância e abuso de poder, já que para muitos é ela quem estaria hoje no real controle da prefeitura de Parnaíba, fato facilmente contestável, já que Mão Santa segue firme em sua rotina de trabalho e nas suas posições.

Neste final de semana, certamente por acúmulo de fatos, Gracinha postou nas redes sociais um texto que mais parece um desabafo de quem se sente incompreendida em algumas situações e, ao mesmo tempo, um manifesto de indignação com a atual situação do país e a relação entre os poderes e dos mesmos com a população.

Deputada Gracinha Mão Santa. Foto: Eduardo Amorim/Lupa1

Veja o texto postado pela deputada:

“Hoje, gostaria de expressar minha preocupação com a forma como a política está sendo vista em nosso país, assim como em outros lugares do mundo.

Percebo que há um crescente radicalismo, a ponto de qualquer discordância ser imediatamente vista como inimizade, sem uma análise prévia.

Acredito que discussões, contrapontos e divergências devem ser analisados caso a caso, levando em consideração cada objeto em questão.

A visão fanática de alguns grupos, como torcidas de futebol, e até mesmo de um país que busca a unificação de pensamentos, pode ser prejudicial à democracia.

É importante lembrar que o debate de ideias não deve ser encarado como ofensa, mas sim como uma oportunidade de crescimento e aprendizado.

Gracinha Moraes Souza. Eduardo Amorim / Lupa1

Infelizmente, percebo que muitas pessoas não estão dispostas a debatê-las de forma saudável, refletindo uma mentalidade fechada e inacessível aos problemas coletivos.

Além disso, vejo um sistema que concentra cada vez mais a riqueza nas mãos de uma minoria, tornando a grande maioria dependente da máquina pública.

É preocupante ouvir declarações sobre a possível influência política de um membro do Supremo Tribunal Federal, quando o importante deveria ser a imparcialidade e a busca pela justiça.

Acredito que a justiça deve ser apartidária e baseada na imparcialidade, para que tenhamos segurança jurídica em nosso país.

Lembremos sempre da importância dos pilares da democracia, como a autonomia e a separação dos poderes, para que esta forma de poder seja preservada”.

Fonte: Lupa1