Os servidores da Universidade Estadual do Piauí (UESPI) no campus de Parnaíba permanecem em greve, marcando presença na manhã de hoje (23) na Praça da Graça, nas proximidades da Câmara Municipal de Parnaíba, em uma assembleia que movimentou aquela praça.
Na Praça da Graça, os grevistas expressaram suas reivindicações por meio de faixas e cartazes com palavras de ordem, destacando a importância de suas demandas. Além disso, distribuíram acerolas colhidas no espaço do projeto de pesquisa e extensão do curso de Agronomia, buscando chamar a atenção da população para a greve.
A decisão pela greve geral foi tomada em uma Assembleia Geral virtual, que contou com a participação de mais de 200 professores dos campi de Teresina, Campo Maior, Piripiri, Parnaíba, Floriano, Oeiras, Uruçuí, Picos, São Raimundo Nonato, Bom Jesus e Corrente. A deliberação foi clara: não retornar às atividades docentes no dia 02 de janeiro de 2024.
A medida extrema foi motivada pelo envio, por parte do governo do estado, de um projeto de lei (PL 09/2023) à Assembleia Legislativa do Piauí. Esse projeto propõe alterações no Plano de Cargos, Carreira e Remuneração da categoria docente, impactando negativamente a carga horária em sala de aula e desrespeitando o princípio constitucional da indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão.
Além disso, a defasagem salarial da categoria, que ultrapassou 68% em 2023, também é um ponto crucial na pauta dos professores em greve. Os docentes buscam uma resposta do governador Rafael Fonteles (PT) para iniciar as negociações e reivindicam maior respeito pela instituição de ensino.
A greve dos professores da UESPI não apenas reflete a luta por condições dignas de trabalho e valorização profissional, mas também busca assegurar a qualidade do ensino superior no estado. A categoria está unida em prol de seus direitos e na defesa de uma educação pública de excelência.
Da redação do portal PHB em Nota
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