Além da classificação do crime como feminicídio, o Conselho de Setença reconheceu as qualificadoras de motivo fútil.
MPPI obtém condenação de réu - Foto: Junior Santos/ Lupa1
Após atuação do Ministério Público do Estado do Piauí (MPPI), por meio da Promotoria de Justiça de Inhuma, o Tribunal do Júri condenou o réu Alan das Dores Silva a 18 anos de reclusão por feminicídio contra Francisca Darlene de Morais Silva.
Além da classificação do crime como feminicídio, o Conselho de Setença reconheceu as qualificadoras de motivo fútil, uso de meio cruel e de recurso que dificultou ou impossibilitou a defesa da vítima.
A sessão de julgamento foi realizada nessa quinta-feira, 22, no Fórum de Inhuma. O promotor de Justiça Jessé Mineiro representou o Ministério Público.
O crime aconteceu no dia 19 de fevereiro de 2023, durante uma discussão na residência da vítima. O réu atacou Francisca Darlene de Morais Silva pelas costas e desferiu vários golpes de canivete em seu pescoço, levando-a a óbito.
O crime teve grande repercussão na região de Inhuma e Picos. Na última terça-feira (20), foi realizada uma caminhada contra o feminicídio e em memória da vítima.
O representante do MPPI frisa que o MP discordou da pena aplicada. “Ela não se mostra justa em face à barbárie que foi cometida, e que deixou três órfãos, sendo duas crianças. Já no plenário, apelamos da sentença e confiamos que o Tribunal de Justiça reformará a decisão e aplicará a pena justa, mais elevada”, pontuou o promotor.
Ele ainda destacou que a fixação de penas baixas, além de causar a indignação da sociedade, pode diminuir a confiança da população em todo o sistema de Justiça.
“A violência contra as mulheres tem que ser combatida por todos, e a justa punição é a etapa final de todo o trabalho realizado pela Polícia e pelo Ministério Público”, acrescentou Jessé Mineiro.
Fonte: Portal Lupa1
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