Mãe e padrasto da crianças estão presos suspeitos de homicídio qualificado pela tortura e em contexto de violência doméstica e familiar contra menor, com qualificadora de feminicídio.
A menina Ana Kerolaynne Gomes Nunes, de 3 anos foi sepultada no Cemitério Santa Cruz, Zona Sul de Teresina — Foto: Pedro Lima/G1
A menina Ana Kerolaynne Gomes Nunes, de 3 anos, foi velada na manhã desta terça-feira (23) e sepultada no fim da tarde no Cemitério Santa Cruz, na Zona Sul de Teresina. A Polícia Civil diz que a criança foi torturada e morreu após lesões devido a pancadas na região da cabeça. A mãe e o padrasto dela foram presos suspeitos do crime na segunda-feira (22) em Esperantina.
A menina morreu no mesmo dia da prisão da mãe, após o HUT ter confirmado a morte encefálica. Ela passou oito dias internada no hospital após dar entrada com suspeita várias lesões e fraturas pelo corpo.
A polícia informou que a mãe de Ana Kerolaynne Gomes Nunes, de 3 anos, tentou esconder da investigação policial que tinha um companheiro, o padrasto da menina, segundo o delegado Célio Benicio, diretor de polícia do interior do estado.
"A mãe da criança insistentemente afirmava que não tinha companheiro. Muitas oitivas foram realizadas e notadamente revelaram contradições. Então, ontem eles foram presos sob mandado temporário e agora vai se encaminhar a conclusão do inquérito policial dessa situação que deixou realmente todo mundo perplexo", explicou o delegado.
Até o momento, várias pessoas prestaram depoimento. Os policiais perceberam contradições nos relatos da mãe e do padrasto, o que levantou as suspeitas e motivou o pedido de prisão e de buscas, feito à Justiça.
Segundo a polícia, a menina sofreu lesões devido a pancadas na região da cabeça. Mandados de busca e apreensão foram cumpridos na casa onde os crimes aconteceram, assim como os aparelhos telefônicos do casal foram apreendidos.
Ainda conforme o delegado, ainda serão ouvidos vizinhos e outras pessoas que conviviam com a família. Os resultados dos exames periciais também ainda revelarão mais detalhes sobre como se deu o crime.
Morte encefálica
O Hospital de Urgência de Teresina (HUT) confirmou nesta segunda-feira (22) a morte encefálica da menina, que deu entrada no hospital no dia 15 de abril com sinais de agressão física. Segundo familiares de Ana Kerolaynne , a menina foi internada com diversas fraturas pelo corpo e em estado gravíssimo.
O HUT e a família confirmaram que o protocolo de morte encefálica foi aberto na sexta-feira (19) e encerrado nesta segunda-feira (22), quando a morte encefálica dela foi confirmada.
O corpo de Ane Kerolaynne foi entregue a família. O velório acontece em Teresina, onde a menina morava há vários meses. Ela e a irmã já estavam matriculadas em escolas da capital.
Ao g1, a família informou que Ana Kerolaynne e a irmã mais velha, de quatro anos, moravam com a avó paterna em Teresina há vários meses e já estavam, inclusive, matriculadas em escolas da capital. Em janeiro deste ano, a mãe da menina levou-a para morar com ela em Esperantina.
"Só ficamos sabendo quando ela já estava no HUT. Visitei ela e ela está muito machucada mesmo, muito ferida. Nós queremos justiça, que seja punido quem fez isso. Ela está com várias fraturas, no braço, perna, no crânio, clavículas. A família toda está sem chão, muito abalada com tudo que aconteceu", lamentou uma familiar paterna da criança.
Fonte: Portal G1 PI
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