O aparelho é usado para detectar a entrada de materiais proibidos em unidades prisionais.
Penitenciaria Mista de Parnaíba. Foto: Reprodução/GoogleMaps
O Piauí é um dos estados que irão receber novos scanners corporais, o body scan, que realiza revista em presídios. Conforme distribuição feita pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, também receberão os produtos Alagoas, Ceará, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte.
Segundo a pasta, a demanda para essa região é de 122 scanners corporais, sendo 61 com cabine e 61 sem cabine. Ao todo, o Ministério da Justiça adquiriu 403 aparelhos que serão entregues nos presídios estaduais, e buscam impedir a entrada de armas de fogo, armas brancas, explosivos, celulares, drogas e dinheiro nas unidades prisionais.
A aquisição foi feita pela Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen). Segundo pesquisa de marcado, cada aparelho é avaliado em R$ 220 mil, ou seja, um investimento médio de R$ 88 milhões. O valor previsto da contratação está sob sigilo até a abertura das propostas, que acontece no dia 23 de maio.
Como funciona
Em uma espécie de raio-x, o body scan gera imagens holográficas que perpassam as roupas e o tecido humano, e por conta disso, seu uso pode acabar com a realização de revistas íntimas nos presídios brasileiros.
Críticas de facções
Devido à eficácia do aparelho em identificar a presença de materiais ilícitos, facções atuantes no país, como Comando Vermelho e Primeiro Comando da Capital (PCC) já chegaram a ameaçar de morte os diretores de um presídio em Avaré, São Paulo, que fazia uso dessa tecnologia. Numa dessas ocasiões, o body scan detectou a necessidade de revista íntima na esposa de um detento, mas nada foi encontrado com ela.
Fonte: Portal GP1