Família fez o enterro e depois recebeu ligação do necrotério informando que corpo continuava no local. Hospital informou que funerária foi responsável pelo serviço, mas família informou que tratou diretamente com o hospital.
Caixão é enterrado sem corpo de bebê morto e polícia é acionada no Sul do Piauí — Foto: Divulgação/PCPI
Um caixão vazio foi enterrado no cemitério de Ribeiro Gonçalves, no Sul do Piauí, depois de um equívoco no necrotério do Hospital Regional Tibério Nunes, em Floriano. A polícia foi acionada na terça (21) depois que a família, três dias após o enterro, foi informada de que o corpo continuava no hospital. O hospital informou que uma funerária foi responsável pelo serviço. Veja nota ao fim da reportagem.
Conforme o delegado Marcos Halan, a mãe foi ao hospital, em Floriano, já em trabalho de parto e ficou internada na sexta (17). O bebê, contudo, nasceu morto, e a mãe ficou internada até domingo (19). A família providenciou, junto com a prefeitura da cidade, o traslado e o caixão para o enterro.
O sepultamento aconteceu ainda na sexta, mas três dias depois a família recebeu a ligação do hospital avisando que o bebê ainda estava no necrotério. Muito abalada com a situação a família procurou a polícia. Em vídeo (no final da reportagem), é possível ver o pequeno caixão sendo retirado da cova totalmente vazio.
"A mãe está muito abalada, claro, porque além da perda do bebê, do falecimento, ainda aconteceu isso. Fomos acionados para o caso, fizemos a exumação e realmente o caixão foi enterrado vazio", relatou o delegado.
O delegado explicou que o caso não configura crime, já que ocorreu apenas um equívoco no momento de o caixão deixar o hospital e ser levado pela família. Segundo ele, não houve intermédio de uma funerária no procedimento. Os pais do bebê, contudo, podem buscar indenização por danos morais e materiais.
Veja o Vídeo:
Veja o que diz o hospital:
NOTA DE ESCLARECIMENTO
O Hospital Regional Tibério Nunes esclarece que o serviço de transferência de corpos para as urnas funerárias é de responsabilidade das funerárias e prestadores de serviço contratados pela família.
Esta unidade de saúde esclarece ainda que, assim que detectou a falha no serviço que fora enviado pela prefeitura de Ribeiro Gonçalves, para execução da transferência do natimorto para urna, bem como o transporte do mesmo para execução do funeral, contactou a família e providenciou todo suporte para que a mesma pudesse receber o corpo de forma adequada e realizar o funeral.
Fonte: G1/PI