Estupro de vulnerável no Piauí: até maio deste ano foram 400 casos registrados

O crime de estupro de vulnerável é cometido contra crianças e adolescentes menores de 14 anos

Ele também já havia sido preso por abusar da própria filha.Foto: Elza Fiuza/Agência Brasil

Foram 400 denúncias do crime de estupro de vulnerável no Piauí registradas até maio deste ano. Durante todo o ano de 2023, foram 1.016. No sábado (20/07) em Miguel Leão (97 km de Teresina), um homem foi preso por estuprar o próprio filho de 9 anos. Já nesta segunda-feira (22/07) um homem de 52 anos foi preso no Centro de Teresina por estuprar a amiga das filhas em março deste ano.

Grande parte das denúncias são recebidas na Delegacia de Proteção a Criança e ao Adolescente (DPCA) e são repassadas de diversas formas, como explica o delegado da DPCA, Hugo Alcântara.

“As denúncias chegam a delegacia das mais variadas formas. Denúncias anônimas, através de escolas, muitas vezes a criança muda o comportamento na escola e acaba revelando depois de alguma palestra, as vezes chega pelos pais, ou por hospitais”, afirmou o delegado.

Delegado da DPCA, Hugo Alcântara. (Foto: Eduardo Costa/OitoMeia)

O crime de estupro de vulnerável é cometido contra crianças e adolescentes menores de 14 anos. Segundo o delegado Hugo Alcântara, o trabalho de prevenção desses casos é difícil, mas é essencial a participação da família para que o crime seja evitado.

“O volume é muito grande, mas o estupro de vulnerável é um crime que é muito difícil você tentar identificar, saber a causa ou pensar em formas de prevenção, porque é diferente dos crimes patrimoniais. O estuprador, o abusador, ele não faz um cálculo financeiro do crime para saber se vale a pena ou não. É como se fosse um impulso que ele vai lá e comete o crime. Então o trabalho de prevenção é muito difícil e vai depender muito da família, de ter sempre diálogo com a criança”, destacou.

A pena prevista na legislação brasileira para o crime de estupro de vulnerável é de 8 a 15 anos de reclusão. Se houver lesão corporal grave aumenta para até 20 anos em caso de morte pode se estender até 30 anos. Para denunciar, basta fazer o boletim de ocorrência em qualquer unidade da Polícia Civil do Piauí, o Conselho Tutelar ou pelo Disque 100.

Fonte: Portal Oito Meia