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20/08/2024

Operação prende suspeitos de traficar drogas e armas em esquema no PI, MA e AM; alvo movimentou R$ 800 mil

Drogas eram enviadas em barcos e ônibus de Manaus a Teresina e distribuídas para traficantes da capital do Piauí, segundo o Ministério Público. Principal investigado tem várias identidades falsas e foi preso durante blitz por porte ilegal de arma.

Operação do MP prende suspeitos de traficar drogas e armas em esquema interestadual — Foto: Divulgação/MPPI

Suspeitos de traficar drogas e comprar e vender armas de fogo ilegalmente em um esquema interestadual são alvo da Operação Fragmentado, deflagrada nesta terça-feira (20). Segundo o Ministério Público do Piauí (MPPI), o principal investigado movimentou quase R$ 800 mil, nos últimos dois anos, e possui várias identidades falsas.

Os suspeitos fazem parte, conforme o MPPI, de um grupo dedicado ao tráfico de drogas, comércio ilegal de armas, associação para o tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. Conforme o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do órgão, 11 alvos foram presos e outras duas pessoas, presas em flagrante por tráfico de drogas.

Ao todo, 14 mandados de prisão e 15 de busca e apreensão foram cumpridos no Piauí, Maranhão e Amazonas, com o apoio dos Gaecos dos Ministérios Públicos dos outros dois estados.

"Fragmentado"

A investigação começou após a prisão do alvo principal, Vagner da Silva Carvalho, suspeito de porte ilegal de arma. Ele foi preso durante uma blitz, em março de 2024, em Teresina, e se identificou como Gustavo. Os policiais descobriram que ele também se apresentava com outros dois nomes: Felipe e Rafael.

"Ele já tinha sido preso na capital, em um apartamento, com várias armas de fogo. Nessa ocasião tinha se apresentado como Felipe também. Ou seja, é um rapaz que se apresenta com vários nomes tanto para a Justiça, como a polícia e os outros traficantes; por isso o nome da operação [Fragmentado]", apontou o delegado Luciano Alcântara.

Por meio dele, o Gaeco descobriu o grupo criminoso e o esquema pelo qual as drogas chegavam ao Piauí. Vagner contava com duas pessoas, em Manaus, que repassavam os entorpecentes para o suspeito. A dupla também foi presa na manhã desta terça.

Os produtos ilegais de outros países, oriundos de países como Bolívia e Colômbia, chegavam a Teresina de barco e ônibus. Em solo piauiense, eram distribuídos aos traficantes atuantes na capital.

"As drogas eram camufladas em malas e cobertas com materiais que disfarçavam o cheiro, ou então enviadas por meio de mulas, que são pessoas que fazem esse transporte do material ilegal", explicou Luciano Alcântara.

Lavagem de dinheiro

Segundo o delegado, Vagner lavava o dinheiro do tráfico de drogas comprando imóveis e veículos em Teresina. Em menos de dois anos, o suspeito movimentou cerca de R$ 800 mil entre contas registradas nos nomes falsos que apresentava.

Um dos carregamentos de drogas, avaliado em R$ 300 mil, foi apreendido no Pará e desencadeou a operação deflagrada nesta terça, que encontrou quase R$ 18 mil em espécie na casa de outro alvo.

Além dos Gaecos dos Ministérios Públicos do Piauí, Maranhão e Amazonas, a ação contou com apoio do Departamento Estadual de Repressão ao Narcotráfico (Denarc) e da Diretoria de Inteligência (Dint) da Polícia Civil do Piauí; do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) da Polícia Militar do Piauí; e da Polícia Civil do Maranhão.

Fonte: Portal G1 PI

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