26/08/2024

Polícia não vê crime e deixa de indiciar médico do HEDA acusado de cobrar R$ 10 mil por cirurgia

Investigação foi concluída pela 2ª Delegacia Seccional de Parnaíba no dia 22 de agosto deste ano.

Hospital Estadual Dirceu Arcoverde, em Parnaíba. Foto: Reprodução/Isac

A Polícia Civil do Piauí, por meio da 2ª Delegacia Seccional de Parnaíba, concluiu o inquérito contra o médico ortopedista Deodato Narciso de Oliveira Castro Neto que investigava o crime de concussão, no qual ele era acusado de exigir R$ 10 mil para realizar um procedimento cirúrgico em uma vítima de acidente de trânsito no Hospital Estadual Dirceu Arcoverde (HEDA). Com a conclusão da investigação, no dia 22 de agosto, a unidade policial concluiu pelo não indiciamento do médico.

A investigação teve início com o registro de boletim de ocorrência da vítima de acidente contra o ortopedista. Na denúncia, a vítima relatou que, após ser atendido no Hospital Dirceu Arcoverde, em fevereiro de 2024, o médico conhecido como Dr. Deodato sugeriu que a cirurgia fosse feita de forma particular na Santa Casa, cobrando R$ 5.000,00 por punho. Sentindo-se coagido, o paciente buscou por outro profissional que indicou um tratamento não cirúrgico. Assim que se recuperou, registrou um boletim de ocorrência contra Deodato no dia 12 de março de 2024.

Médico foi exonerado

Após a denúncia na Polícia Civil, o Hospital Dirceu Arcoverde abriu uma sindicância e exonerou o Deodato Narciso do cargo de ortopedista. A direção do hospital confirmou a exoneração após a apuração dos fatos e a defesa do médico. O caso foi encaminhado ao Conselho Regional de Medicina (CRM) e ao Ministério Público para providências.

Conclusão da Polícia Civil

Ao finalizar o inquérito, a polícia concluiu que não houve conduta ilícita por parte do médico, pois ele apenas esclareceu que a cirurgia poderia ser realizada fora do hospital público de forma particular. Da mesma forma, não ficou comprovada a intenção dolosa do paciente ao registrar a denúncia, caracterizando apenas uma reclamação sobre o atendimento recebido.

Diante da falta de provas para ambos os crimes, a polícia decidiu pelo arquivamento temporário dos procedimentos. O caso foi encaminhado ao Poder Judiciário para apreciação, aguardando a manifestação do Ministério Público.

Rapidinhas

Médico denunciou vítima de acidente por denunciação caluniosa

Durante a investigação policial, o médico ortopedista registrou um boletim de ocorrência contra a vítima de acidente e alegou denunciação caluniosa. O médico afirmou que apenas informou ao paciente sobre a possibilidade de realizar a cirurgia de forma particular, sem exigir pagamento e, segundo o inquérito, o ortopedista apresentou testemunhas e documentos para comprovaram que ele não exigiu valores.

Fonte: Portal GP1

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