Fotos: Ascom/PRF-PI
Somente em setembro, quase 190 m³ de madeira ilegal foram apreendidos no Piauí pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), representando um aumento superior a 200% em relação ao mesmo período do ano passado. A apreensão mais recente ocorreu na noite de segunda-feira (23), na PI-112, em Joaquim Pires, onde foram confiscados 43,33 m³ de madeira ilegal transportados em um caminhão com semi-reboque.
A carga, recolhida em Anapu, no Pará, tinha como destino Fortaleza (CE). O condutor do veículo, um homem de 30 anos, foi autuado, e com ele foram encontrados 69 comprimidos de rebite, substância utilizada para prolongar o estado de vigília.
Em entrevista ao Notícia da Manhã, o inspetor da PRF, Alexsandro Lima, explicou que o Piauí faz parte da rota de transporte de madeira ilegal, sendo que a maioria das cargas apreendidas tem como destino grandes centros urbanos.
"Essa madeira, em sua maioria, vem dos estados do Pará e Mato Grosso, e é direcionada para grandes centros, como Fortaleza e Recife. Uma pequena parte abastece o mercado interno aqui no Piauí. Vale ressaltar que o estado do Piauí não é produtor de madeira, mas integra a rota desse transporte de produtos florestais", destacou.
Alexsandro Lima também mencionou os avanços nas técnicas de fiscalização, que permitem identificar o tipo de madeira transportada, reduzindo as fraudes documentais.
"Hoje, nossos policiais conseguem detectar até o tipo de madeira que está sendo transportada. As organizações criminosas envolvidas com crimes ambientais utilizam diversas estratégias, especialmente a falsificação de documentos. Muitas vezes, o indivíduo que apresenta um documento falso também comete o crime de uso de documento falso. Além disso, é comum o uso de autorizações legítimas, como de terrenos autorizados para desmatamento, para tentar legalizar o transporte de espécies de madeira diferentes das permitidas", acrescentou o inspetor.
O transporte de madeira ilegal é crime tipificado pela Lei de Crimes Ambientais (Lei n.º 9.605/1998), que regula o corte, transporte, comércio e armazenamento de produtos florestais sem autorização dos órgãos ambientais competentes. Além disso, essa prática está frequentemente associada a outros crimes, como desmatamento ilegal e danos à fauna e flora.
Fonte: Cidadeverde.com
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