Fotos: Divulgação Gaeco
Um advogado foi preso na segunda fase da Operação Fragmentados deflagrada pelo Gaeco (Grupo de Atuação EspeciaI de Combate ao Crime Organizado) e Polícia Civil nesta terça-feira (22), para combater o tráfico de drogas, associação para o tráfico, comércio ilegal de arma de fogo, lavagem de dinheiro e falsa identidade. Na primeira fase, a Polícia e o Gaeco descobriram uma movimentação de R$ 800 mil em dois anos pelo grupo criminoso.
Os três alvos da operação têm relação com Vagner da Silva Carvalho, que está preso respondendo pelos crimes, mas continua liderando o tráfico de drogas de dentro do sistema prisional. São eles: o advogado que atua na defesa de Vagner; um homem identificado como Vitor que atuava na movimentação do dinheiro do grupo e um terceiro homem, que não foi encontrado em sua residência e segue sendo procurado pela polícia. Na casa desse último homem foi encontrada droga e duas mulheres foram presas em flagrante por posse do entorpecente. Elas foram encaminhadas para à Central de Flagrantes de Teresina, onde devem passar por audiência de custódia.
“A investigação constatou que essa continuidade do tráfico de drogas do preso Vagner ocorreu por intermédio de um advogado de iniciais D.P.S., o qual foi contratado para acompanhar Vagner e ficar levando e trazendo orientações para a comercialização de entorpecentes, assim como para a ocultação de valores provenientes do tráfico de drogas”, informa o Gaeco em nota.
O Gaeco disse, ainda, que foi constatado o crime de falsa identidade, em que advogados articularam a entrada no sistema prisional piauiense da namorada do preso Vagner da Silva Carvalho, identificada como Vitória, se passando falsamente por advogada. Ela foi presa na primeira fase da operação, em agosto, e segue detida. Segundo a investigação, a Vitória utilizou a carteira de uma advogada que atua no Piauí e tem o biótipo semelhante ao seu.
Além do Gaeco e da Polícia Civil, a ação contou com o apoio operacional da Diretoria Especializada em Operações Policiais (DEOP), do BOPE da Polícia Militar e do Gaeco-MA, Gaeco-AM e do Instituto de Biometria Forense da PC-PI.
Foto: Renato Andrade/Cidadeverde.com
Delegado Luciano Alcântara e promotor Claudio Soeeiro
Primeira fase deflagrada em agosto
Na primeira fase da operação foi dado cumprimento a 12 mandados de prisão e 15 mandados de busca e apreensão. O nome da operação faz alusão ao fato de o alvo principal ter várias identidades falsas e se apresentar a outros investigados e à Justiça com nomes diferentes da sua verdadeira identidade.
De acordo com o Ministério Público, após a prisão de um investigado durante uma blitz em Teresina, por porte ilegal de arma de fogo, em março de 2024, foi descoberto um grupo de indivíduos que estavam associados na compra e venda de entorpecentes e armas de fogo.
Foi constatado que o entorpecente era enviado de Manaus para Teresina através de barco e ônibus e que, já em solo piauiense, a droga era distribuída para outros traficantes, principalmente na cidade de Teresina. A investigação constatou a movimentação de quase R$ 800.000,00, nos últimos dois anos, pelo investigado identificado apenas como Vagner da Silva.
A investigação apontou que Vagner da Silva é natural do Amazonas e veio para Teresina há cerca de 3 anos para realizar a movimentação no Piauí e Maranhão. Nesse período ele apresentou diversos nomes falsos.
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Fonte: Cidadeverde.com
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