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Das nove pessoas que passaram mal com suspeita de envenenamento, durante o primeiro almoço do ano de 2025, quatro deixaram o hospital, três seguem internadas e duas morreram. Entre as vítimas estão mãe e filhos. Francisca Maria da Silva, de 32 anos, é mãe de Igno Davi Silva, de 1 ano e 8 meses, um dos mortos, e das duas meninas de 3 e 4 anos de idade que foram transferidas para Teresina, nesta sexta-feira (03).
A dona de casa também tem ligação familiar com o primeiro óbito confirmado: Manoel Leandro da Silva era irmão dela. O padrasto da mulher já teve alta hospitalar, além de uma irmã, um amigo e uma amiga.
A tragédia envolvendo o mesmo núcleo familiar começou ainda em 2024 quando Francisca Maria perdeu dois filhos envenenados após comerem cajus com chumbinho, veneno usado para matar ratos. A suspeita é uma vizinha, que teriau dado a sacola com as frutas envenenadas, e segue presa.
A investigação sobre o suposto envenenamento coletivo é presidida pelo delegado Abimael Silva, da Delegacia de Homicídios de Parnaíba. Pelo depoimento de um dos sobreviventes foi possível constatar que nenhuma pessoa, fora do núcleo familiar, teve acesso à residência durante o preparo do almoço.
Um saco com peixes que foi entregue para a família como doação está sendo analisado, bem como amostras do restante da alimentação. O casal que entregou a cesta básica já foi ouvido e, no momento, não é mais tratado como suspeito.
A Polícia Civil do Piauí aguarda o resultado de exames periciais para esclarecer o caso. Ainda não há confirmação se o suposto envenenamento coletivo tem ligação com a morte dos garotos que morreram após comerem cajus com raticida.
Entenda o caso
Pelo menos nove pessoas da mesma família precisaram de atendimento médico após consumir arroz com peixe em Parnaíba. A informação inicial era que os alimentos teriam sido doados, mas a Polícia Civil do Piauí já confirmou que o arroz foi preparado na casa da família, por volta das 19h, do dia 31 de dezembro. O peixe foi doado por um casal que costuma fazer filantropia no litoral piauisene. Eles prestaram depoimento à polícia na quinta-feira (02).
Na casa da família, a polícia recolheu todos os materiais, como peixe e arroz, que foram encaminhados para a perícia. A polícia já trabalha com algumas linhas de investigação. A primeira é que o peixe servido à família tenha sido contaminado em um aquífero da região. Outra possibilidade é que exista uma ligação com o envenenamento de duas crianças da mesma família em agosto de 2024. A Polícia Civil aguarda os laudos para responder essas perguntas.
Fonte: Cidadeverde.com