O animal foi levado para uma clínica veterinária localizada em Petrolina (PE), onde está recebendo tratamento especializado
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Uma cadela grávida, batizada de Lourença, teve o focinho decepado na cidade de São Lourenço do Piauí, a 548 km de Teresina, na tarde da última sexta-feira (7). Segundo protetores de animais, uma pessoa ainda não identificada teria atacado o animal com um facão.
Devido à gravidade dos ferimentos, a Organização Não Governamental Amigos dos Animais, de São Raimundo Nonato (PI), organizou uma operação de resgate para salvar a cadela, que foi levada nesta segunda-feira (10) para uma clínica veterinária em Petrolina (PE), onde está recebendo tratamento especializado.
A podóloga Eliane Oliveira, que ajudou a resgatar o animal, disse que entrou em choque após se deparar com a cadela ferida. Ela informou que Lourença será alimentada por sonda até cicatrização do ferimento. "Estou há 10 anos acompanhando a causa animal e estou em choque com esse caso. Vai ser preciso reconstruir a face dela, vai ser uma recuperação bem trabalhosa. A boca dela foi 'colada' com uma resina e ela vai ser alimentada por um sonda por um meses", contou a mulher.
Prefeitura e OAB repudiam o crime
A Prefeitura de São Lourenço do Piauí, por meio da Secretaria do Meio Ambiente, divulgou uma nota de repúdio, classificando o ato como “inaceitável e intolerável”.
“A crueldade contra animais é absolutamente repugnante e demanda uma resposta enérgica por parte das autoridades competentes. Reiteramos que tais atos não apenas ferem os animais, mas também afrontam os princípios éticos e morais da sociedade”, destacou a nota.
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A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Subseção de São Raimundo Nonato, também condenou o crime e cobrou punição para os responsáveis. “Maus-tratos contra animais configuram crime e devem ser punidos com rigor. Reforçamos a necessidade de investigações para que os responsáveis sejam responsabilizados exemplarmente”, declarou Marcos Vitor, presidente da OAB/SRN.
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Maltratar animais é crime
De acordo com a Lei Federal nº 9.605/98, atualizada pela Lei nº 14.064/20, praticar maus-tratos contra cães e gatos pode resultar em pena de dois a cinco anos de prisão, além de multa e proibição da guarda de animais.
“Ser protetor não é fácil. A gente enfrenta o cansaço, a falta de recursos, as críticas de quem não entende o que fazemos. Mas o olhar de gratidão de cada animal resgatado nos dá força para continuar. Peço a todos que olhem para essa história não apenas com compaixão, mas com a vontade de agir", escreveu Gildevan Ribeiro, protetor que acompanhou o resgate de Lourença.
O caso segue sob investigação para identificar o responsável pelo crime.
Fonte: Portal Meio Norte