11/02/2025

ONS alerta para risco de apagão em 11 estados devido à sobrecarga elétrica

Crescimento da energia solar residencial pode causar sobrecarga na rede elétrica.

risco de apagões em 11 estados brasileiros devido à sobrecarga na rede elétrica, resultante do aumento da geração de energia solar em residências e comércios.

O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) emitiu um alerta sobre o risco de apagões em 11 estados brasileiros devido à sobrecarga na rede elétrica, resultante do aumento da geração de energia solar em residências e comércios. Os estados afetados são: Bahia, Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Roraima e São Paulo.

O alerta faz parte do Plano de Operação Elétrica de Médio Prazo do Sistema Interligado Nacional (SIN) para o período de 2025 a 2029, divulgado em dezembro de 2024. O documento destaca que o Brasil atualmente produz 33 gigawatts (GW) de energia por meio da Micro e Minigeração Distribuída (MMGD), predominantemente de sistemas fotovoltaicos instalados em residências e estabelecimentos comerciais. A projeção é que essa capacidade alcance 50 GW até 2029.

Um dos principais desafios apontados é o "fluxo reverso" de energia. Quando a energia gerada pelos painéis solares não é totalmente consumida no local de produção, o excedente é enviado de volta à rede elétrica, criando um fluxo bidirecional que pode sobrecarregar o sistema. O relatório enfatiza a necessidade de as distribuidoras atuarem de forma mais proativa, coordenando-se com o ONS para garantir a eficiência e segurança da operação do SIN em um cenário de crescente descentralização da geração de energia.

Após a divulgação do relatório, o ONS esclareceu que não há um risco iminente de apagão no país. O órgão ressaltou que o plano anual visa avaliar o desempenho do SIN nos próximos cinco anos, permitindo uma operação futura com níveis adequados de segurança e confiabilidade. O ONS também destacou que o fenômeno do "fluxo reverso" está sendo monitorado para assegurar a modernização da infraestrutura da rede elétrica.

Em resposta, a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) alertou para a existência de movimentos que contrariam a transição energética e buscam prejudicar fontes renováveis, como a solar e a eólica. Rodrigo Sauaia, presidente executivo da Absolar, afirmou que os esclarecimentos do ONS demonstram o compromisso do órgão com a transparência e o planejamento de longo prazo, reconhecendo a importância do avanço contínuo das fontes renováveis no Brasil.

O relatório também aponta que o estado do Mato Grosso possui 94% de suas subestações de fronteira com "fluxo reverso" devido ao excedente de energia gerada. Em seguida, aparecem os estados do Piauí, com 73%, e Minas Gerais, com 43%.

Fonte: Gazeta do Povo

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