Inquérito foi concluído e assinado pelo delegado Humberto Mácola, titular da DRCI, no dia 27 de janeiro.

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A Delegacia de Repressão e Combate aos Crimes Informáticos (DRCI) indiciou uma mulher identificada como Mikaely Cardoso do Monte pelo crime de falsa identidade, por utilizar o nome da promotora de Justiça de Teresina Joselisse Nunes de Carvalho Costa para manipular vítimas e obter vantagens pessoais, como abrigo e suporte financeiro. O inquérito foi concluído e assinado pelo delegado Humberto Mácola, titular da DRCI, no dia 27 de janeiro de 2025.
Conforme o inquérito da DRCI, após a coleta de provas e depoimentos que confirmaram as ações fraudulentas de Mikaely, a acusada foi identificada como responsável por enviar mensagens e se passar por uma autoridade pública para pressionar e enganar pessoas envolvidas em processos judiciais. A ligação de Mikaely com a promotora Joselisse remonta a 2017, quando a acusada morava em um abrigo feminino em Teresina e começou a ser apoiada financeiramente pela promotora. Ao longo dos anos, Mikaely manteve o contato com a promotora, estabelecendo uma relação de amizade e, assim, usou essa proximidade para criar uma falsa imagem de confiança e se apresentar como se fosse a própria promotora.
Em setembro de 2024, a acusada começou a utilizar o número de telefone de Joselisse para enviar mensagens e se passar por ela. Com essa estratégia, Mikaely pressionava vítimas como Maria Gladys, mãe de seu ex-companheiro José Martinho, e Lúcia de Fátima, ex-companheira de José, a tomar decisões favoráveis a ela, como conceder abrigo ou autorizar o contato entre José Martinho e seus filhos antes de uma sentença judicial. A manipulação era feita sob a falsa promessa de ajuda jurídica e intervenção da promotora.
Além de se passar por Joselisse para influenciar processos judiciais, Mikaely também tentou se beneficiar do contato com outras pessoas próximas das vítimas. Para Maria Gladys, ela solicitava abrigo em troca de ajuda no caso judicial do filho, enquanto para Lúcia de Fátima, as mensagens assumiam um tom ameaçador, tentando forçar a mãe a permitir que José Martinho tivesse acesso aos filhos. Essas ações foram feitas para garantir favores pessoais e manipular as situações a seu favor, utilizando uma falsa identidade de autoridade pública.
A situação começou a ser desmascarada quando Maria Luísa, assistente social envolvida no acompanhamento de uma das vítimas, percebeu inconsistências nas mensagens e relatos de Mikaely. A investigação seguiu com depoimentos de diversas pessoas que confirmaram que a acusada estava se passando por Joselisse, usando o número de telefone da promotora para pressionar as vítimas e manipular as decisões de um caso jurídico. A falsificação de identidade foi identificada como a principal estratégia para enganar as pessoas envolvidas no processo.
Acusada negou
Em seu interrogatório, Mikaely negou as acusações, afirmando não saber como o número de Joselisse estava sendo utilizado para enviar as mensagens. Ela alegou que um outro ex-companheiro poderia ser o responsável por essas ações fraudulentas, mas não apresentou uma explicação convincente para o uso indevido da identidade da promotora.
Inquérito concluído
Após a conclusão da investigação, o delegado Humberto Mácola de Lima, responsável pela DRCI, assinou o indiciamento de Mikaely Cardoso do Monte, que agora responderá pelo crime de falsa identidade. A polícia também verificou que a acusada já possuía antecedentes criminais e agia de forma premeditada para criar uma rede de manipulação envolvendo pessoas inocentes. O inquérito foi encaminhado para o Ministério Público.
Fonte: Portal GP1