O distanciamento causou preocupação na segunda maior cidade do Piauí.

Gracinha Mão Santa e Francisco Emanuel (Foto: divulgação/ redes sociais)
O rompimento político entre o grupo do ex-prefeito Mão Santa (União Brasil) e o atual prefeito Francisco Emanuel (Progressistas), em Parnaíba (PI), pode influenciar diretamente na prestação de serviços à população.
Com o distanciamento, a perspectiva é que Chefe do Executivo altere a composição do secretariado, impactando diretamente na lotação de servidores na Prefeitura. Além disso, podem sair da gestão o atual secretário imediato e ex-prefeito, Mão Santa, e a secretária de Assistência Social, Adalgisa Moraes Souza.
O analista político, Lucivaldo Quixaba, que acompanham esse impasse no Município, avaliou que a administração pública pode sofrer as consequências de uma disputa entre os grupos políticos, que agora estão divididos.
“O planejamento de 2025 já foi todo comprometido e isso do ponto de vista da Educação. A cidade de Parnaíba vive situações delicadas em termos de abastecimento de água. Não é competência do Município, mas quem vai reivindicar por essa melhoria? Administrativamente, isso é muito grave”, afirmou.
Parnaíba é a segunda maior cidade do Piauí em termos populacionais, atrás apenas da capital Teresina, e é o principal colégio eleitoral de diversos parlamentares do estado, como os deputados estaduais Dr. Hélio (MDB) e Rubens Vieira (PT), e do deputado federal Florentino Neto (PT).
Consequências negativas
A principal causa da ruptura entre os dois grupos políticos, segundo o prefeito Francisco Emanuel, seria a interferência em ações do Poder Executivo. A queda de braços foi protagonizada pela deputada estadual Gracinha Mão Santa (Progressistas) e pelo atual prefeito, com declarações públicas nas redes sociais.
Segundo o prefeito, foram identificadas irregularidades na gestão, como o aumento substancial no valor dos contratos da Prefeitura e a dificuldade de acesso da população ao seu gabinete.
“É importante que, ao rever esses contratos, isso não impacte em serviços que estão sendo prestados à população. Caso contrário, o fornecedor deixa de fornecer para a cidade e é a cidade quem sofre”, disse o analista político.
Poder Legislativo
Dos 19 vereadores de Parnaíba, apenas oito compõem oficialmente a base do prefeito Francisco Emanuel. O presidente da Câmara, vereador Daniel Jackson (Republicanos), garantiu sintonia com as ações do Executivo mesmo mediante as divergências políticas dos demais parlamentares.
“A ideia é dar continuidade ao trabalho realizado na Prefeitura de Parnaíba. Ele (prefeito) quer o apoio desta Casa para dar a governabilidade necessária aos assuntos importantes, independentemente de ser base ou oposição”, pontuou Jackson.
Gracinha Mão Santa, Mão Santa e Adalgisa (Foto: divulgação/ redes sociais)
A deputada Gracinha Mão Santa rebateu as críticas de Francisco Emanuel, afirmando que a gestão de Mão Santa garantiu transparência no processo de transição e que não houve a exigência de fidelidade política ao seu grupo.
“Estruturei a prefeitura para o novo mandato com dedicação, contando com a colaboração de servidores comprometidos. Fiz o meu melhor para contribuir com o sucesso da nova gestão. Nunca exigi submissão de ninguém. Se contratos tiveram seus valores dobrados, essa responsabilidade não é minha”, afirmou Gracinha em nota publicada nas redes sociais.
Segundo a parlamentar, todas as determinações passam pelo crivo do prefeito, que conta com o apoio da mãe e de um tio.
“Nada é feito sem sua autorização, análise ou conhecimento. Conta ainda com um supercomputador em sua mesa, operado por seu tio Oscar, além do suporte de sua mãe, contadora pública, e de inúmeros contadores efetivos. O domínio da máquina pública sempre esteve em suas mãos”, concluiu Gracinha.
Fonte: Portal da Clube News
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