Foto: Reprodução / UFPI
As duas universidades públicas federais do Piauí, a Universidade Federal do Piauí (UFPI) e a Universidade Federal do Delta do Parnaíba (UFDPar) publicaram neste fim de semana postagens demonstrando preocupação com o orçamento aprovado pelo Congresso Nacional para as universidades em 2024.
Tanto a UFPI como a UFDPar compartilharam a nota da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais (ANDIFES) em que demonstram 'preocupação' e 'indignação' com o valor, que foi aprovado pelo Congresso Nacional em sessão na última sexta-feira (22).
O orçamento aprovado para o Governo Federal em 2024 prevê R$ 5.957.807.724,00 para as universidades federais, um valor ainda menor do que foi aprovado em 2023 na chamada PEC da Transição.
Em um trecho da nota publicado, a associação sugere um acréscimo de, pelo menos, R$ 2,5 bilhões para o custeio de despesas elementares.
"Após estudos técnicos que consideram a difícil situação econômica do país, reafirmamos a necessidade de acréscimo de, no mínimo, R$ 2,5 bilhões no orçamento do Tesouro aprovado pelo Congresso Nacional para o funcionamento das universidades federais em 2024. Esses recursos são imprescindíveis para custear, entre outras despesas, água, luz, limpeza e vigilância, e para garantir bolsas e auxílios aos estudantes", diz trecho da nota.
As universidades piauienses ainda não disseram qual a previsão orçamentária para 2024 e como a redução destes recursos poderão afetar as atividades nas instituições.
Veja nota da Andifes na íntegra a seguir:
A diretoria da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), que reúne todas as 69 universidades federais e dois centros federais de educação tecnológica, vem a público expressar a sua indignação com o orçamento das universidades federais para 2024, aprovado pelo Congresso Nacional nesta sexta-feira, 22.
Nos últimos anos, as universidades federais têm enfrentado redução sistemática dos recursos destinados para funcionamento e investimento. Simultaneamente, houve aumento do número de universidades, localizadas principalmente no interior do país, e do número de vagas e de cursos de graduação e de pós-graduação. Além de formarem pessoas com excelência reconhecida nacional e internacionalmente, as universidades federais realizam a maior parte da pesquisa do país e têm ampliado cada vez mais a sua atuação na sociedade, como presenciado durante a pandemia de covid-19 e nas diversas ações diretas para a melhoria da vida da população brasileira.
No entanto, todo o esforço das universidades federais em prol do povo brasileiro não encontra sustentação em orçamento minimamente adequado. O Projeto de Lei Orçamentária (PLOA) 2024 para as universidades federais já continha um orçamento menor, em valores nominais, do que o montante conquistado em 2023 com a chamada PEC da transição, que foi de R$ 6.268.186.880,00. Mesmo após diversas reuniões da Diretoria da Andifes com lideranças do Governo Federal e do Congresso Nacional, a redução se acentuou ainda mais na Lei Orçamentária aprovada, resultando no montante de R$ 5.957.807.724,00 para as universidades federais, ou seja, valor R$ 310.379.156,00 menor do que o orçamento de 2023.
As reitoras e os reitores das universidades federais brasileiras vêm, mais uma vez, destacar a necessidade urgente de recomposição do orçamento das universidades federais para 2024. Após estudos técnicos que consideram a difícil situação econômica do país, reafirmamos a necessidade de acréscimo de, no mínimo, R$ 2,5 bilhões no orçamento do Tesouro aprovado pelo Congresso Nacional para o funcionamento das universidades federais em 2024. Esses recursos são imprescindíveis para custear, entre outras despesas, água, luz, limpeza e vigilância, e para garantir bolsas e auxílios aos estudantes.
Com o intuito de assegurar o cumprimento adequado da missão social, acadêmica e científica de nossas instituições, torna-se imperativo iniciar um processo sustentável e contínuo de reequilíbrio do orçamento das universidades federais.
Brasília, 22 de dezembro de 2023.
Presidente: Reitora Márcia Abrahão Moura (UnB)
Vice-presidente: Reitor José Daniel Diniz Melo (UFRN)
Vice-presidente: Reitora Lucia Campos Pellanda (UFCSPA)
Vice-presidente: Reitor Sylvio Mário Puga Ferreira (UFAM)
Vice-presidente: Reitor Valder Steffen Júnior (UFU)
Fonte: CidadeVerde.com