“Um deles foi capturado, estava ferido por conta da colisão e foi levado ao HUT, mas ele fugiu", disse.
Foto: Lucas Dias/GP1 Delegado Barêtta
O criminoso identificado como José Marcelo Fernandes Portela Machado, de 29 anos, apontado como o motorista da SW4 que atingiu o carro onde estava o músico Carlos Henrique, de 24 anos, na madrugada dessa quinta-feira (30), fugiu do Hospital de Urgência de Teresina (HUT). A informação foi confirmada pelo delegado Barêtta, diretor do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que está investigando o caso.
“Um deles foi capturado, era um mulher e dois homens, ele estava ferido por conta da colisão e foi levado ao HUT, mas lá, ele fugiu. Mas, isso é o de menos porque vamos localizá-lo para que os fatos possam ser esclarecidos”, afirmou o delegado.
Ainda conforme o delegado, os acusados estavam realizando furtos de fios de cobre de telefonia quando teve início a perseguição pela guarnição da Polícia Militar. “A perseguição iniciou no bairro Matadouro, se estendeu pela zona norte, passou pela Ponte Estaiada, adentrou a zona leste até chegar a esse fato [acidente com a morte do músico]”, contou Barêtta.
O delegado Barêtta relatou que um dos policiais que participou da ação afirmou que efetuou um disparo contra um dos bandidos, mas que não chegou a atingi-lo. “Ele [policial] disse que efetuou um disparo contra um dos indivíduos, que foi o capturado, que se homiziou atrás de uma placa e estava fazendo movimento como se estivesse puxando uma arma, ele efetuou o disparo, mas disse que não chegou a atingir o indivíduo”, declarou.
Entenda o caso
O jovem Carlos Henrique, de 24 anos, morreu na quinta-feira (30), no Hospital de Urgência de Teresina (HUT) após uma colisão entre dois carros no cruzamento das avenidas Presidente Kennedy e Dom Severino.
Carlos Henrique, que era baixista do cantor Júnior Masca e produtor musical, estava como passageiro em um carro de transporte por aplicativo, quando o veículo foi atingido por uma SW4 conduzida por bandidos que fugiam da polícia.
Após a colisão, houve relatos de uma troca de tiros entre os criminosos e os policiais e que Carlos Henrique havia sido atingido por uma bala perdida na cabeça.
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) foi acionado e a vítima foi encaminhada em estado grave para o Hospital de Urgência de Teresina (HUT), mas devido à gravidade do acidente, não resistiu e morreu.
Dois criminosos conseguiram fugir e um foi capturado no momento do crime. O suspeito foi encaminhado para o HUT com alguns ferimentos. O caso vai passar por investigação do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
Sem marca de tiro
O diretor do Instituto de Medicina Legal de Teresina, Antônio Nunes, afirmou na noite desta quinta-feira (30), em entrevista ao GP1, que a perícia realizada no corpo do músico Carlos Henrique não encontrou marcas de disparos de arma de fogo.
À nossa reportagem, o diretor do IML detalhou que devido ao tumulto da cena do crime, a vítima foi levada para o Hospital de Urgência de Teresina como se tivesse sido atingida por um tiro na cabeça. Porém, após ter a morte confirmada, o IML apontou que o músico morreu por conta da colisão.
"Algum prontuário chegou no IML mostrando que a vítima tinha sido baleada, os profissionais chegaram, viram um tiroteio olharam a cabeça cheia de sangue e como tiveram que socorrer logo, o caso chegou no hospital como se fosse morte por tiro. Aí lá no IML, não tem como errar, quando chegou no IML não tinha nenhuma marca de um disparo ali. Não tinha marca em lugar nenhum, nem marca, nem bala, nem nada, nem buraco, nem nada. A morte por contusão no veículo pode ocorrer sem que a vítima tenha sido atingida ali por um carro, só a parte brusca da batida pode provocar uma morte", detalhou o médico Antônio Nunes.
Fonte: Portal GP1