Foto: pc-pi
O adolescente de 15 anos, apreendido suspeito de cometer ato infracional análogo ao latrocínio contra o policial penal e taxista Francisco Célio de Oliveira, 71 anos, deve ficar em unidade de internação até seu julgamento. A polícia não revela as provas que reuniu contra o adolescente, mas assegura que são irrefutáveis.
Essa é a quarta apreensão do adolescente, e por isso a polícia acredita que ele não deve ser colocado em liberdade.
"Ele está internado numa unidade de internação do Piauí e vai continuar internado, ou seja, vai continuar enclausurado até ser julgado. E caso seja condenado, ele vai cumprir a medida socioeducativa que será aplicada a ele", explicou o delegado Danúbio Dias, que investiga o caso.
A polícia ainda aguarda os laudos da polícia científica para concluir a investigação. "Pela massa do projétil, é possível antever que ele possa ter usado uma arma calibre 22 ou 32, por isso aguardamos os laudos para concluir a investigação", disse.
A pistola 380, de propriedade do policial penal, ainda não foi encontrada. Durante depoimento formal, o adolescente ficou em silêncio, de cabeça baixa, e não respondeu às perguntas feitas pelo delegado. Uma câmera de segurança registrou o adolescente saindo do local do crime.
O cerco para capturar o adolescente foi iniciado na semana passada, após sua identificação e a expedição do mandado de internação.
"Fizemos diligências na residência de todos os familiares conhecidos dele. Tivemos a informação de que ele estava escondido no Maranhão. No sábado, realizamos um cerco no povoado Brejinho, na zona rural de Caxias (MA), mas ele conseguiu fugir. Ontem, a família percebeu que não havia mais como escondê-lo e informou sua localização. Nossa equipe foi até o local e apreendeu o adolescente", explicou.
O menor já havia sido apreendido três vezes em flagrante por ato infracional análogo à receptação. "Ele foi levado por três vezes até a Central de Flagrantes por receptação. Como se trata de um ato infracional sem uso de violência, a legislação determina que o adolescente seja posto em liberdade, e assim foi feito", detalhou.
Após a expedição do mandado de internação, a polícia teve acesso a um vídeo feito pelo policial penal, no interior do veículo. Nesse vídeo, o adolescente aparece mexendo no celular. O vídeo não foi enviado a nenhum dos contatos do taxista e permaneceu na galeria do seu celular. "Não há sombra de dúvidas de que ele tenha cometido esse ato infracional. Reunimos um conjunto de provas irrefutáveis. O vídeo vem se somar às provas que já temos", afirmou.
A polícia acredita que Célio tenha sido escolhido aleatoriamente. "Confirmamos hoje que naquela tarde só havia o motorista Célio no ponto de táxi. Então, ele foi escolhido de forma aleatória; poderia ter sido qualquer um que estivesse ali no local", finalizou.
Fonte: Cidadeverde.com