
Foto: Izabella Lima / Cidadeverde.com
Uma joalheria localizada na esquina das ruas Paissandu e Rui Barbosa, no Centro de Teresina, foi alvo de assalto por volta das 8h45 desta quarta-feira (16). Quatro suspeitos participaram da ação, que durou menos de um minuto.
Imagens de segurança mostram que os criminosos usavam roupas escuras, bonés e máscaras. José Antônio, amigo das funcionárias, tinha acabado de chegar à loja quando foi imobilizado com uma arma de choque e ameaçado com uma arma de fogo. Segundo ele, os assaltantes acharam que ele pudesse ser segurança do local.
“Quando eu levantei a vista para a porta, eles já entraram. Um me deu um choque na cintura, o outro levantou minha blusa pra ver se eu estava armado e o outro veio com uma arma na minha cabeça”, relatou.
A filha da proprietária e funcionária da loja foi agredida após tentar esconder o celular. “Após eles terem pegado já umas joias e ter dado choque no meu colega, eles viram que eu tava mexendo no celular e o rapaz pediu. Só que eu tinha jogado o meu celular no chão. E aí foi o momento que ele pediu o celular e já foi me dando um tapa na cara. Eu peguei o celular da loja que não funciona e entreguei para eles”, contou.
O grupo se assustou e saiu correndo da loja quando uma vitrine foi derrubada e acabou chamando a atenção de quem passava pela rua.
“Um deles puxou a vitrine porque ele pensou que tinha rodinha como as outras. Como não tem, virou, caiu em cima da minha perna e fez muito barulho. Eles se assustaram com o barulho porque quando caiu, todo mundo que tava na rua olhou para dentro da loja para ver o que tava acontecendo”, conta o amigo das proprietárias.
O primeiro grupo de policiamento só apareceu cerca de meia hora depois, de bicicleta. "Depois de quase meia hora, chega uma polícia que ainda vem de bicicleta. A polícia de bicicleta e eles estavam passando por coincidência", afirmou outra funcionária da loja.
Cruz Maria Lima, proprietária da joalheria, atua há mais de sete anos no Centro e afirma que a violência tem se tornado rotina na região.
“A gente vive numa guerra todos os dias aqui nesse centro. Trombadinha, lanceira, é toda hora. É dia após dia a gente enfrentando bandido aqui no Centro. Não tem polícia aqui. Governo, prefeito nenhum tem interesse do Centro continuar funcionando. A gente que fica no milagre e na misericórdia de Deus. A gente tem medo de perder a própria vida. Isso aqui não é nada. Mas a vida a gente tem que resguardar. Isso é o maior patrimônio”, disse.
Ela também criticou a ausência de policiamento permanente no Centro. “Só temos segurança em dezembro, para mostrar que temos segurança. Depois eles retiram todo o policial. Se eles podem botar os policiais durante o mês de dezembro, por que não botam permanentes? Para a gente trabalhar com mais tranquilidade? Não botam! Então é porque eles não querem que a gente fique aqui”, questiona.
Os proprietários registraram boletim de ocorrência e solicitaram a perícia. A Polícia Civil deve investigar o caso. Nenhum suspeito foi encontrado.
Fonte: Cidadeverde.com